Lipedema: sintomas e como tratar com Fitoterapia
Dói, limita os movimentos e dá aquele golpe fatal na autoestima: esse é o Lipedema. Muito se fala sobre essa doença crônica, mas por que ela tem sido tão comentada na internet recentemente? Neste artigo, entenda os sintomas e como incluir a Fitoterapia no seu tratamento!
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As pressões estéticas sobre o corpo feminino rolam o ano inteiro, mas existe um tempero específico quando é pleno verão. Afinal, existe o conceito de corpo ideal para curtir a praia ou atividades aquáticas, embora isso só exista em capas de revista, imagens editadas em redes sociais e na cabeça de muita gente.
Nesse momento, muitas mulheres acabam se sentindo frustradas com os quadris e pernas, com queixas de dores e muita frustração por dietas malucas não resolverem nada.
Mas será que é aquela gordurinha localizada ou sobrepeso mesmo? Será que não é... Lipedema? Vamos conferir alguns dados sobre essa doença crônica:
- Entre 10% e 18% do sexo feminino no mundo é acometido por Lipedema
- No Brasil, isso representa 9 milhões mulheres entre 19 e 69 anos
- A doença ainda é muito confundida com obesidade e linfedema
- Muitas pacientes relatam frustração e abalo emocional pela doença
Sendo Lipedema ou não, ninguém precisa se sentir frustrada com o próprio corpo. Sempre vamos experimentar a vida através desse corpinho mesmo que temos, então é uma boa ideia cuidar dele. E se você suspeita de Lipedema mesmo, há cuidados específicos para você.
Vamos entender mais para nos cuidar melhor?

O que é Lipedema?
Lipedema é uma doença que acomete majoritariamente o sexo feminino, provocando acúmulo simétrico de gordura de forma desproporcional ao restante do corpo, como braços e da cintura para baixo. Mas essa gordura não é um tipo de gordura "convencional", pois é dolorosa e marcada por nódulos parecidos com celulites. E a doença é também considerada uma doença vascular!
A condição é crônica e dividida em cinco tipos, de acordo com a área do corpo afetada:
- I — Entre a cintura, abaixo do umbigo, até os quadris; acima das coxas.
- II — Entre a cintura, abaixo do umbigo, até os joelhos.
- III — Entre a cintura, abaixo do umbigo, até os tornozelos.
- IV — Braços, com ênfase nos bíceps e no "tchauzinho"; pode ser associada com tipo II e III.
- V — Entre joelhos e tornozelo.
Muito se diz que essa doença é hormonal por ser influenciada por estrogênio, um hormônio muito presente no desenvolvimento do sexo feminino, envolvendo a puberdade, anticoncepcionais, gestação, menopausa… Ou seja, flutuações hormonais podem servir de gatilho para o Lipedema, mas não é a unica causa por trás. As causas não estão completamente esclarecidas pela Ciência, embora exista evidência de fatores genéticos, hormonais (variações no estrogênio/ progesterona), e indícios de componentes inflamatórios e de disfunção do tecido adiposo.

Há outra forma de classificação muito usual dessa doença, que são os estágios de evolução do Lipedema:
- Grau I — Mais discreta, pois a pele aparenta normalidade, mas há nódulos de gordura por baixo.
- Grau II — Pele com maior irregularidade, o que aparenta ser ganho de peso e celulite. No entanto, os nódulos já são palpáveis.
- Grau III — Maior "deformidade", com acúmulo de gordura acentuado e problemas na mobilidade. Os nódulos estão maiores e há fibroses.
- Grau IV — Além das características do grau III, há impactos negativos no sistema linfático.

E por que essa doença parece ser tão comentada nos últimos anos?
Não, não é moda e nem justificativa para “obesidade”, já que dá em pessoas magras também. O motivo para essa doença “aflorar” na internet através de celebridades e influencers tem uma razão mais científica:
O Lipedema só foi classificado como uma doença específica pela OMS em 2019. Em 2022, ela passou a ser incluída no CID-11 (Classificação Internacional de Doenças), para servir de referência de tratamentos e registro de casos. É por isso que antes, ainda que as características da doença tenham sido mencionadas e catalogadas, não eram indicadas como uma doença específica em um diagnóstico específico. Mas o CID-11, que é a revisão desse sistema, ficou para 2027 no Brasil e, por enquanto, estamos com o CID-10.
E o que isso significa?
Significa que, apesar de existirem estudos e apontamentos para o tratamento da doença, seja em estratégias conservadoras ou mais invasivas como cirurgias, há uma lacuna de conhecimento sobre a doença e menor capacitação entre profissionais de saúde para reconhecer e adotar recomendações baseadas em evidências para o tratamento.
- Há pacientes com obesidade e Lipedema.
- Há pacientes apenas com Lipedema que são orientadas somente a emagrecer.
- Há quem veja muitas sugestões e conteúdo nas redes sociais sobre essa doença e acredite que tenha o Lipedema, mas não necessariamente é o caso.
Existe maior demanda de pesquisa e conscientização, tanto de pacientes quanto profissionais da saúde, para favorecer tratamentos mais eficazes e seguros. Afinal, existe muito estigma estético sobre essa doença crônica e pessoas vulneráveis podem cair em promessas de solução fácil, mas que não trazem custo-benefício real.

Lipedema: sintomas
O principal sintoma sentido é o mais visual: o inchaço anormal nas pernas e quadris. Infelizmente, não é o único sintoma dessa doença crônica, pois o Lipedema acarreta em outras dificuldades e dores em pacientes. Confira todos os sintomas de Lipedema abaixo:
- Aumento simétrico na região pélvica e pernas, mas em volume desproporcional ao restante do corpo
- Dor nas áreas afetadas, como dor ao toque
- Sensação de peso nas pernas
- Lesões nas articulações inferiores
- Atrofia muscular
- Hematomas
- Edemas
- Diminuição de mobilidade
- Impactos psicológicos por pressão estética
Aqui vai uma palavrinha sobre o impacto psicológico devido ao desconforto estético:
O Lipedema vem sendo associado à transtornos psicológicos, mas a conversa sobre isso precisa de tempo e nuance. Transtornos psicológicos podem se sobrepor à doenças crônicas "físicas"; há também pacientes que podem atravessar depressão ou ansiedade pela piora do Lipedema.
Independente do caso, a mente necessita de cuidados antes e depois do diagnóstico de Lipedema. Nenhuma doença crônica é fácil de se conviver, mas existe sempre esperança por qualidade de vida.

Lipedema: diagnóstico
Para fechar um diagnóstico de Lipedema, profissionais da saúde avaliam vários aspectos:
- Histórico de saúde do paciente e histórico familiar
- Avaliação clínica, checando visualmente como é o padrão de acúmulo de gordura; com possível (e consentida/respeitosa) palpação dos nódulos na pele
- Relato de demais sintomas do paciente, como dores, sensação de peso
- Exames auxiliares de imagem, como ultrassonografia e ressonância para avaliar sistema linfático e sistema vascular; também servem para descartar outras condições de saúde com sintomas similares.
Lipedema e linfedema: tem diferença?
Os nomes são parecidos, mas há diferenças notáveis! Enquanto o Lipedema favorece o acúmulo de gordura de forma simétrica, geralmente nas pernas, o linfedema acomete o sistema linfático e os inchaços são assimétricos em qualquer região do corpo.
Lipedema tem cura?
Não, pois é uma doença crônica. Mas isso não é uma sentença! Existe tratamento e vida além do Lipedema e outras doenças crônicas. Pode ser um pouco difícil no começo digerir que você vai ter que se cuidar diariamente de formas mais específicas ao longo da vida, mas acredite: é para seu bem. Foque no tratamento contínuo e vá atrás dos seus sonhos!
Lipedema em homem existe?
É possível, mas é raro. Pessoas do sexo feminino e do sexo masculino acumulam gordura de formas diferentes no corpo, sem falar que tem perfis hormonais diferentes também. No entanto, é bom ressaltar que ainda é uma possibilidade, pois Lipedema não é somente uma doença hormonal porque envolve tecido adiposo e genética.
Se você é uma pessoa trans, existe também uma camada de preocupação por uma questão da terapia hormonal.
Então se acendeu algum alerta vermelho para Lipedema, sendo você homem ou mulher, trans ou não, busque acompanhamento para cuidar da sua saúde.
Além das questões físicas, há o impacto psicológico do Lipedema, afetando a autoestima e a qualidade de vida. É importante buscar ajuda para manter sua rotina mais feliz, mesmo que cercada de cuidados dessa doença crônica.

Como tratar lipedema?
É possível tratar em casa lipedema? Sim, muitos dos cuidados diários para quem sofre de Lipedema começam em casa, como preferência por roupas adequadas ao manequim (ou seja, nada apertadas e sempre muito confortáveis), e calçados confortáveis e baixos.
Além disso, existem outras estratégias de tratamento como:
- Drenagem linfática manual
- Meias compressivas
- Atividades físicas de baixo impacto com consistência (natação, hidroginástica, caminhada, pilates, yoga)
- Alimentação equilibrada (evitar ultraprocessados; focar em frutas, legumes, verduras, sementes, chás)
- Fisioterapia
- Manejo de dor
- Monitoramento de níveis hormonais
- Lipoaspiração e cirurgias, se necessário
Como vemos, dá para fazer muita coisa por iniciativa própria, mas não tudo — e principalmente se você não passou por profissionais da saúde ainda para checar as melhores indicações para o seu quadro de saúde.

Dieta para lipedema existe?
Não existe alimentação específica para tratar Lipedema, pois não existe ainda um tratamento "padrão ouro" para essa doença. Mas é provável que você tenha ouvido promessas específicas de dietas para essa doença, como:
- Dieta cetogênica
- Dieta sem glúten
- Dieta sem carboidrato ou "low carbo"
- Dieta anti-inflamatória
Existem evidências sobre melhorias em pacientes de Lipedema com alimentação com menos carboidratos e mais gorduras saudáveis, mas os estudos são limitados e não há esclarecimento se a melhora se deu por decorrência da redução de peso ou pela melhora de algum índice diferente. E a maior parte das dietas anti-inflamatórias divulgadas nas redes sociais se resume na premissa simples (e recomendada em qualquer alimentação saudável) de evitar ultraprocessados e focar em legumes, frutas, sementes, chás e peixes (se você não for vegetariano/vegano).
O que fazer?
Busque uma alimentação equilibrada e sustentável. Sim, comer muita fruta, verdura e legume já é considerado uma excelente estratégia antioxidante e anti-inflamatória, nem precisa apelidar de “dieta X” ou “dieta Y”.
A redução de peso é uma das estratégias para o tratamento de Lipedema em certas condições, mas não é a única solução. Não se esqueça que seu corpo, por mais que tenha uma doença crônica, é único e a sua rotina também. Se você está dentro do peso considerado saudável e tem Lipedema, outras estratégias podem te ajudar enquanto você continua cuidando do seu corpo com alimentos nutritivos e uma rotina de atividades físicas.

Lipedema pode matar?
Não. O Lipedema, por si só, não é uma doença que causa óbito, mas pode levar a complicações graves caso não seja tratada. Além de dores, dificuldades para andar e se mover, existe o risco de Tromboembolismo Venoso devido ao acúmulo de gordura e inflamações. E aí sim, pode se tornar fatal.
O Tromboembolismo Venoso (TEV) ocorre quando coágulos sanguíneos se formam. E esses coágulos podem se desprender e viajar pela corrente sanguínea, bloqueando eventualmente o fluxo de sangue. Pode ocasionar, por exemplo, embolia pulmonar que leva a morte súbita.
Saber desses riscos não é motivo para cair no pânico, mas sim entender que a sua saúde deve ser levada a sério por você e quem te atende profissionalmente. Busque acompanhamentos sérios e siga seu tratamento certinho!
Lipedema aposenta?
Depende. É possível que sim, caso seja comprovada a incapacidade, temporária ou permanente, para o trabalho. Isso vem através de laudos, exames médicos e muita paciência com burocracia. A busca por aposentadoria ou afastamento em decorrência de Lipedema pode ser prejudicada pela adoção postergada do CID-11 no Brasil, que inclui um CID atualizado para Lipedema. Caso você esteja considerando exigir direitos de afastamento, converse com advogados.
Qual médico buscar para Lipedema?
Para o diagnóstico, os especialistas que são buscados são geralmente:
- Angiologistas
- Cirurgiões vasculares
No entanto, por ser uma doença multifatorial e com diversas abordagens de tratamento, é possível buscar outros profissionais da saúde, como:
- Nutricionistas
- Endocrinologistas
- Fisioterapeutas
- Ginecologistas (para conversar sobre alternativas de anticoncepcionais)
Significa que você vai ter que passar por todas essas especialidades? Não necessariamente. Depende de cada caso.

Fitoterapia para Lipedema
E será que existe Fitoterapia para Lipedema? Sim, há opções para somar ao seu tratamento. Nenhum deles substitui tratamentos de base, como drenagens linfáticas, atividade física adequada, alimentação de qualidade e, em casos específicos, cirurgia (lipoaspiração especializada). No entanto, agem em aspectos associados ao Lipedema e complementam o tratamento de sintomas, o que melhora a qualidade de vida!
Veja todas as opções abaixo:
1) Castanha-da-Índia — A Castanha-da-Índia é um dos fitoterápicos mais conhecidos para circulação saudável, tanto que ela é muito indicada para varizes. No caso do Lipedema, ela é utilizada como coadjuvante no tratamento, contribuindo para aliviar a sensação de peso nas pernas ao favorecer a circulação venosa. (ver produto)
2) Centella Asiática — Apesar de ser mais conhecida no skincare, a Centella Asiática é tradicional na fitoterapia por estimular a circulação periférica e reduzir a retenção de líquidos, que é comum em pacientes com Lipedema. Portanto, ela complementa o tratamento no aspecto de circulação, sensação de peso nas pernas e melhora do tecido conjuntivo, incluindo de vasos sanguíneos. (ver produto)
3) Creme para Varizes (Castanha-da-Índia + Hamamélis) — Ainda que não seja indicado como solução definitiva para Lipedema, o Creme para Varizes auxilia no conforto diário, pois favorece a microcirculação, reduz a retenção de líquidos superficial na pele e traz sensação de leveza nas pernas. É ideal para levar na bolsa/mochila para outros lugares, caso você tenha liberdade de aplicar o tratamento no trabalho ou viagens. (ver produto)
4) Cúrcuma — A ação da Cúrcuma se refere principalmente à sua capacidade anti-inflamatória, o que auxilia tanto na melhora sensível de dores e sensibilidades do Lipedema quanto na inflamação crônica associada à doença. É uma das estratégias de tratamento complementar, podendo ser manipulada com outras plantas dependendo do quadro e necessidade. (ver produto)
5) Gengibre — Os efeitos do Gengibre são mais modestos para Lipedema, mas podem melhorar desconforto e inflamações. Além de ações antioxidantes e anti-inflamatórias, tem efeito na melhora da circulação, o que é sempre bem-vindo para Lipedema. Também pode ser combinado com outros fitoterápicos complementares para o tratamento. (ver produto)
6) Astaxantina — A Astaxantina é relevante para o Lipedema por suas ações anti-inflamatórias e antioxidantes, o que traz benefícios na condição geral, embora seja também um elemento complementar para o tratamento. Pode ser manipulado com outros componentes. (ver produto)
7) Vitamina C — É um antioxidante mais popular e traz outros benefícios, como apoio para sistema imune e também para a síntese de colágeno; ação bem-vinda para fortalecer a pele e vasos sanguíneos. (ver produto)
8) Picolinato de cromo — Não atua diretamente na gordura do Lipedema, mas pode apoiar no manejo metabólico, auxiliando na regulação da glicose, na sensibilidade à insulina e também favorecendo o controle de vontade por doces. Tratar essas questões complementa também o tratamento de Lipedema e, assim como outros elementos citados, pode ser manipulado com outros componentes. (ver produto)
Esperamos que tenha gostado desse informativo! Este texto foi preparado com muito carinho e esperamos que a leitura tenha sido útil para você se cuidar melhor, pois o Lipedema ainda não é uma doença tão bem esclarecida. Fitoterápicos podem te ajudar, mas não se esqueça de outras medidas para manter a saúde em dia. Procure o apoio de profissionais da área da saúde e cuide-se com muito zelo, sabendo que você também pode contar com o auxílio da Oficina de Ervas!
Em caso de dúvidas, você pode falar com nossos fitoterapeutas, clicando aqui.

Referências
https://www.bbc.com/portuguese/articles/cj913wmvrp0o
https://en.wikipedia.org/wiki/Lipedema
https://drauziovarella.uol.com.br/angiologia/lipedema-o-que-e-sintomas-e-tratamento/
https://www.mdpi.com/2072-6643/16/19/3276
https://fabiokamamoto.com.br/lipedema-em-homens
https://artlipo.com/does-lipedema-affect-men/
https://sbacvsp.com.br/lipedema/
https://www.sercirurgiaplastica.com.br/artigo/lipedema-e-linfedema
https://www.migalhas.com.br/depeso/426867/o-lipedema-e-a-responsabilizacao-uma-analise-juridica

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