Um problema, vários nomes: Obstipação, constipação, prisão de ventre ou intestino preso. E qual seria a solução para algo que nos incomoda tanto? E será que a fitoterapia poderá nos ajudar? Neste informativo, vamos entender com detalhes as causas, medidas preventivas e alternativas de fitoterápicos para auxiliar no seu tratamento de Prisão de Ventre. Vamos lá?
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O que é a Prisão de Ventre?
É difícil encontrar quem não conheça a Prisão de Ventre, um distúrbio também chamado por intestino preso, obstipação e constipação intestinal. Não costuma ser algo grave, embora seja bem incômodo: trata-se da dificuldade de evacuar. Isso envolve não somente uma rotina inconstante ou infrequente de evacuações, como também a sensação de que você não evacuou o suficiente, desconforto ou um pouco de dor ao defecar e fezes de aspecto duro.
A constipação pode ser dividida em duas categorias:
Constipação funcional (primária) — Relacionada a hábitos alimentares inadequados, sedentarismo, alterações na rotina e outros aspectos de correção simples.
Constipação orgânica (secundária) — Relacionada a problemas metabólicos, neurológicos, musculares e/ou psiquiátricos. Por exemplo, malformações retais, doença de Chagas, tumores, Parkinson, Síndrome do intestino irritável (SII), hipotireoidismo, diabetes.
E a prisão de ventre é muito mais comum do que você pensa! Confira esses dados sobre o intestino preso:
- 15% da população mundial sofre com Intestino Preso, segundo o Colégio Americano de Gastroenterologia
- 85% dos casos tem relação com consumo inadequado de fibras vegetais e líquidos, de acordo com a Sociedade Brasileira de Coloproctologia, ou seja, a maioria dos quadros se encaixam na constipação funcional (primária)
- Mulheres são as que mais sofrem de Prisão de Ventre e isso está relacionado com a gravidez, menstruação e certas questões culturais (mulheres são desestimuladas a evacuar em uma série de situações, como viagens, eventos ou até estadias em casas de parentes)
- Crianças e idosos também são acometidos por esse distúrbio
A gente sabe que, além do desconforto da constipação em si, pode ser bem desconfortável falar sobre o assunto. Afinal, evacuar é uma atividade muito simples e corriqueira para todos — ou deveria ser. No entanto, isso não significa que você deve ignorar essa questão! Buscar informações confiáveis sobre o tema vai te ajudar a cuidar ainda mais da saúde.
O primeiro ponto a ser esclarecido é que você não precisa defecar todos os dias ou mais de uma vez por dia. A média no mundo ocidental é de 2 a 3 vezes por semana, mas isso ainda é variável: a defecação depende de inúmeros fatores, como idade, dieta, rotina e até hábitos culturais. Então o ideal é conferir o que é o normal para você!
Se você vai ao banheiro duas vezes por semana e suas fezes são macias, você não sente dor e nem desconforto, ótimo. Se você faz isso uma vez por dia, sem dores, perfeito também! Não é necessário contar com precisão quantos dias separam uma evacuação ou outra a menos que seja um período muito grande e você sinta dor.
Mas se o seu ritmo não está bom e você notou que suas fezes estão ressecadas, está na hora de se cuidar. O que fazer? Como resolver? Vamos ver tudo isso com calma!
Sintomas da Prisão de Ventre
Quem sofre de Prisão de Ventre costuma distinguir muito bem os sintomas e sabe quando está precisando ir no banheiro com mais frequência, mas vamos relembrar os sintomas:
- Distensão abdominal
- Sensação de entupimento
- Cólica
- Náusea
- Perda de apetite
- Fezes duras e “fragmentadas”
- Gases
Em casos mais preocupantes, os sintomas são:
- Abdômen inchado
- Sangue nas fezes
- Ocorrência constante ou piora do quadro
- Vômito
A Prisão de Ventre não é associada a febre, tontura ou falta de ar. Se você tem algum destes sintomas, busque atendimento médico para uma avaliação mais detalhada do seu caso.
É possível que pacientes com constipação também sintam dor de cabeça e dor nas costas, mas não são sintomas específicos deste distúrbio. A dor de cabeça geralmente ocorre por consequência de estresse ou problemas para dormir com o desconforto da constipação; já a dor nas costas — ou dor lombar — surge em decorrência do aumento da pressão intra-abdominal. Essa sobrecarga impacta a coluna, mas não é um sintoma frequente.
Complicações da Prisão de Ventre
Infelizmente, as complicações da constipação vão além do desconforto e da irritabilidade. Desvende a seguir outros impactos que esse distúrbio pode causar à nossa saúde:
- Problemas para dormir
- Perda de apetite
- Hemorroidas
- Fissura anal (devido a passagem de fezes duras)
- Compactação fecal (quando parte das fezes enrijece e bloqueiam o deslocamento do restante)
- Prolapso retal e/ou Doença diverticular ocorrem em casos graves.
Causas da Prisão de Ventre
As causas da constipação não costumam ser doenças graves, pelo contrário: a maioria dos quadros de constipação envolvem hábitos alimentares e estilo de vida. Vamos ver com mais detalhes as causas da prisão de ventre:
- Dieta com poucos líquidos e fibras
- Presença abundante de alimentos que estimulam à obstipação (como mandioca, batata, arroz branco, massas, etc)
- Sedentarismo
- Ansiedade
- Alterações na rotina
- Síndrome do intestino irritável (SII)
- Uso de medicamentos que desaceleram o intestino (por exemplo, antidepressivos tricíclicos, anti-hipertensivos, anti-histamínicos e sedativos. Pessoas que passaram por procedimentos médicos e foram sedadas ou anestesiadas, podem ter quadros de obstipação. Então é possível ficar com intestino preso após cirurgias)
- Uso indiscriminado de laxantes (pode causar dependência e perda de capacidade de defecação sem o uso do laxante)
- Tratamento de quimioterapia
- Intolerância a lactose (é mais comum pacientes sofrerem de episódios de diarreia por causa da intolerância a lactose, mas também é possível que ocorra o inverso: a Prisão de Ventre)
Prevenção da Prisão de Ventre
A maior parte dos casos de Prisão de Ventre é funcional, ou seja, está relacionada aos hábitos que exercemos durante a nossa rotina. Assim, é mais fácil adequar nosso dia a dia para manter a saúde e o bem-estar. Veja abaixo algumas dicas de como prevenir a constipação intestinal:
- Dieta rica em ingestão de fibras
- Incluir frutas e cereais nas refeições
- Boa hidratação ao longo do dia
- Atividade física
- Cuidar da saúde mental
- Não ignorar ou adiar a vontade de evacuar
Acompanhe com atenção sua rotina de evacuação: se você sente que é suficiente e se o aspecto das suas fezes é macio, liso e facilmente expulso do corpo.
Se um dos fatores que te levam a ter constipação intestinal for o uso de remédios durante um tratamento, o ideal é conversar com profissionais da saúde para averiguar outras opções de medicamentos. Não suspenda ou inicie o uso de medicamentos sem avaliação médica.
Diagnóstico da Prisão de Ventre
A Prisão de Ventre é facilmente identificada pelo próprio paciente e não necessita de maiores exames laboratoriais na maior parte dos casos. Em um consultório, profissionais da saúde questionarão seu histórico clínico para avaliar as possíveis causas do intestino preso e se os sintomas já são mais preocupantes ou não.
Caso exames sejam solicitado por médicos, geralmente são:
- Exame de sangue
- Exame de fezes
- Exame de urina
- Colonoscopia
- Manometria Anorretal
Tratamento da Prisão de Ventre
De modo geral, o tratamento é muito semelhante à prevenção: melhora da alimentação e hidratação, cuidados com a saúde mental, e acompanhamento da evacuação. Existem ainda outras saídas, dependendo do quadro de constipação:
Laxantes — agentes de aumento de bolo fecal, amolecedores de bolo fecal, estimulantes, agentes osmóticos e antagonistas de receptores de opioide mu (µ)
Supositórios — agentes laxantes administrados por via retal
Enemas — lavagem intestinal administrada por via retal
É sempre bom reforçar: Não tome nenhum tipo de remédio indiscriminadamente! Já vimos que nas causas da Prisão de Ventre, o uso abusivo e constante de laxantes podem favorecer novos quadros de constipação.
Caso o seu quadro de constipação esteja associado a questões mais específicas, sendo classificada como constipação orgânica (secundária), são necessários outros cuidados especiais avaliados por médicos.
7 Produtos Naturais para Tratamento de Prisão de Ventre
A Fitoterapia e outros produtos naturais também podem ajudar em casos de constipação intestinal. Veja abaixo uma lista com 7 opções para te aliviar:
1 — Inulina — Trata-se de uma fibra alimentar, algo indispensável para melhor o trânsito intestinal. Possui ação prebiótica, melhorando a atividade microbiota do intestino. (ver produto)
2 — Psilium (Psyllium) — Favorece o amolecimento da consistência das fezes, diminuindo a necessidade de grande esforço ao defecar. Ele só funciona junto com um consumo diário generoso de água. (ver produto)
3 — Sene — É uma planta muito utilizada por sua capacidade laxativa ou purgante dependendo da dose consumida. Aumenta o peristaltismo e a liquidez das fezes. Só tome cuidado pois pode causar cólicas. (ver produto)
4 — Babosa — Apesar de ser mais famosa por seu uso tópico, os fitoterápicos de babosa tem ação laxante, aumentando o peristaltismo do corpo e impedindo que as fezes fiquem ressecadas. Também pode causar cólicas, então use com cuidado. (ver produto)
5 — Cáscara Sagrada — Também possui ação laxativa, pois gera uma leve excitação intestinal e estimula o funcionamento do intestino, facilitando a evacuação. (ver produto)
6 — PEG 4000 — Aumenta a concentração de água nas fezes e facilita a evacuação sem causar irritações. Pode ser utilizado por todas as faixas etárias. (ver produto)
7 — Chlorella — Melhora o funcionamento intestinal e possui ainda nutrientes em sua composição. Pode ser utilizado por todas as faixas etárias. (ver produto)
Esse informativo te ajudou? Esperamos que a leitura tenha sido, além de agradável, muito útil para você cuidar melhor da sua saúde. E não se esqueça de que os fitoterápicos podem te ajudar! Sua saúde e bem-estar são muito importantes, então procure o apoio de profissionais da área da saúde para uma avaliação completa e cuide da sua saúde com muito zelo, sabendo que você também pode contar com o auxílio da Oficina de Ervas!
E se sobrou alguma dúvida, você pode falar com nossos fitoterapeutas, clicando aqui.
Bibliografia
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