Nome Científico: Arnica montana
Familia: Compositae (Asteraceae)

Histórico e Curiosidades: Chamada de arnica verdadeira, arnica das motanhas, arnica importada. É natural das regiões montanhosas da Europa e da região da Sibéria. Era muito encontrada em estado nativo nas regiões dos Alpes. Existem outras espécies do mesmo gênero nativas do Alasca e oeste dos EUA e México. Muito consumida no mundo todo, há comentários recentes que está entrando em extinção em estado nativo, e está surgindo alguns problemas em seu cultivo. Empregada desde a época romana, sendo que os antigos gladiadores nos circos romanos utilizavam uma pomada com arnica e calêndula.

Botânica: Planta que vegeta em grandes altitudes, podendo chegar até a 2.000m. É de ciclo anual, de porte baixo, com folhas lanceoladas, de coloração verde claro. Suas flores são amarelas, que se destacam da relva. A multiplicação se dá por sementes.

Cultivo e Colheita: Não existem muitas informações sobre o cultivo aqui no Brasil. Mas deve ser realizado em locais de grandes altitudes ou em regiões mais ao sul do Brasil. Atualmente além da Europa existe cultivo no Canadá. Planta muito consumida e atualmente está com um preço muito caro, com certeza deve estar existindo algum problema com relação ao seu cultivo. Parece ser pouco produtiva.

Parte Utilizada: Emprega-se tanto as flores quanto as raizes, mas o grande emprego é para suas flores.

Princípios Ativos: Triterpenos (arnidol, pradiol, arnisterina), princípios amargos (helenalina, dihidroxihelenalina), flavonóides (5%) (isoquercetina, luteolina, astragalina), taninos, resinas, ácidos orgânicos (clorogênico e cafeico), alcalóides (arnicaína, arnicina, traços de alcalóides pirrolizidínicos), fitosterina ou arnisterina, carotenóides, ceras, cumarinas (umbeliferonas, escopoletina), óleo essencial (0,3%) (timol, pentainomonoeno, compostos canforados) lactonas sesquiterpênicas (helenalóide, arnidiol ou arnisterol, antoxantina, faradiol).

Ação Farmacológica e Indicações: Possui ação anti-inflamatória marcante, analgésica e anti-séptica. No sistema cardio-circulatório age como tônica circulatória e cardíaca, sendo empregada nos casos de hipotensão arterial. Tratamento e preventivo de microvarizes em cremes e pomadas. No sistema nervoso age como tônico, em paralisias de origem central e estimulante nervoso. No sistema osteoarticular atua nos traumatismos em geral, artrites, artroses, lombalgias, dorsalgias, tendinites traumáticas, L.E.R.. Externamente age como vulnerária, revulsiva (reabsorve tecido necrosado), adstringente, anti-séptico, furunculoses e picadas de insetos. De forma geral age como um excelente anti-inflamatório, em casos de torções, torcicolos e dores musculares de uma forma geral.

Efeitos Colaterias: Evitar uso na gravidez e lactação, a não ser em formulas homeopática ou externamente. Uso interno somente diluído no mínimo a D1. Em uso interno com altas dosagens pode causar irritação gástrica (náuseas, vômitos, dor epigástrica), disturbios circulatórios (inclusive arritimias cardíacas e hipertensão arterial) e neurológicos (convulsão). Pode provocar alergia, dermatite de contato. Evitar uso em feridas abertas. Contra indicada em casos de epilepsia e úlcera péptica.

Ademar Menezes Junior

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