O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) confirma que a obesidade é epidemia no Brasil e mostra que em todas as regiões do país, em todas as faixas etárias e em todas as faixas de renda, o percentual de pessoas com excesso de peso e obesas aumentou contínua e substancialmente. O sobrepeso atinge mais de 30% das crianças entre 5 e 9 anos de idade, cerca de 20% da população entre 10 e 19 anos e nada menos que 48% das mulheres e 50,1% dos homens acima de 20 anos. 

Mantido o ritmo de crescimento do número de pessoas acima do peso, em dez anos o país terá se igualado aos Estados Unidos, onde a obesidade já se constitui em sério problema de saúde pública.
A explicação está principalmente no padrão de consumo alimentar. A POF de 2002/2003 mostrou que as famílias estão gradualmente substituindo a alimentação tradicional na dieta do brasileiro – arroz, feijão, hortaliças – por bebidas e alimentos industrializados, como refrigerantes, biscoitos, carnes processadas e comida pronta. Tudo mais calórico e, em muitos casos, menos nutritivos.
Além dessa substituição gradual na alimentação decorrente do aumento da renda familiar, outro fator muito importante está ligado ao estresse dos dias atuais, à falta de tempo de se preparar os alimentos em casa, pois mais mulheres se dedicam mais à profissão e ao mercado de trabalho, à grande oferta de alimentos industrializados induzidos por propagandas em massa e  aos desequilíbrios emocionais, que muitas vezes leva a um distúrbio alimentar muito comum que é a compulsão alimentar.
 
A compulsão alimentar é um transtorno alimentar comum, em que um indivíduo consome regularmente uma grande quantidade de comida de uma vez só, ou «belisca» constantemente, mesmo quando não tem fome, ou se sente fisicamente desconfortável por comer tanto. Essa compulsão pode ocorrer em pessoas de qualquer sexo, raça, idade ou estrato socioeconômico, aumentando com frequência o peso ou se tornando clinicamente obeso, tornando-se passível de contrair uma grande variedade de doenças. Infelizmente, não há uma cura reconhecida para o transtorno de ingestão compulsiva, mas existe uma variedade de opções de tratamento que podem ser exploradas quando o transtorno é diagnosticado.
 
Sinais de Compulsão Alimentar
-Ingerir uma quantidade excessiva de comida, mesmo quando não tem fome;
-Comer até se sentir desconfortavelmente cheio ou mesmo agoniado;
-Esconder hábitos alimentares devido a vergonha ou embaraço;
-Esconder comida para episódios de voracidade;
-Comer constantemente enquanto houver comida disponível;
-Comer quando está sob pressão ou se sente psicologicamente diminuído;
-Sentir-se subjugado, envergonhado e/ou culpado durante e/ou depois de um episódio de voracidade;
-Expressar descontentamento com a aparência, peso ou auto-estima.
 
Diagnóstico de Compulsão Alimentar
O transtorno de compulsão alimentar deve ser diagnosticado por um profissional qualificado, que leva em consideração não somente os intens acima citados, onde Outros critérios incluem expressão de ansiedade ou angústia em relação à ingestão compulsiva, episódios de voracidade que ocorrem pelo menos duas vezes por semana durante um período mínimo de seis meses e compulsão alimentar sem recurso posterior a um método de purga (vómito auto-induzido, exercício excessivo, etc).
 
Obter Ajuda e Tratamento
Não há uma cura reconhecida para o transtorno de ingestão compulsiva. Posto isto, há uma variedade de opções de tratamento que podem ser combinadas de acordo com as necessidades específicas do paciente. As opções de tratamento para o transtorno de compulsão alimentar incluem aconselhamento/terapia, aconselhamento ou terapia familiar, terapia cognitivo-comportamental (para alterar os comportamentos alimentares), frequência de grupos de apoio e aconselhamento e planeamento nutricional.
Habitualmente, não são usados medicamentos para tratar o transtorno de ingestão compulsiva, apesar de poderem ser usados supressores de apetite com controle médico e alguns medicamentos, como anti-depressivos, para o tratamento de condições associadas.
Existe ainda a opção de se usar florais e fitoterápicos para auxiliar no tratamento, com o auxílio de nutricionista. Nesse caso, além do aconselhamento na mudança do hábito alimentar, a pessoa pode controlar a ansiedade, o apetite, o nervosismo ou qualquer outro transtorno associado à compulsão
O transtorno de compulsão alimentar é um transtorno alimentar comum, embora muitas vezes mal compreendido. Sem um auxílio adequado, leva à obesidade e a todos os problemas decorrentes, que além de causar sofrimento, gera um problema de saúde pública.
A conscientização da população sobre o grave problema da obesidade é urgente. Essa é a única maneira de evitarmos o crescimento dessa epidemia e tentarmos reverter esse quadro. 
Vamos começar por uma auto-avaliação? Assim poderemos servir de exemplo e ajudar o próximo.
Saúde a todos!
Eliza Tomoe Harada
 

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) confirma que a obesidade é epidemia no Brasil e mostra que em todas as regiões do país, em todas as faixas etárias e em todas as faixas de renda, o percentual de pessoas com excesso de peso e obesas aumentou contínua e substancialmente. O sobrepeso atinge mais de 30% das crianças entre 5 e 9 anos de idade, cerca de 20% da população entre 10 e 19 anos e nada menos que 48% das mulheres e 50,1% dos homens acima de 20 anos. 

Mantido o ritmo de crescimento do número de pessoas acima do peso, em dez anos o país terá se igualado aos Estados Unidos, onde a obesidade já se constitui em sério problema de saúde pública.

A explicação está principalmente no padrão de consumo alimentar. A POF de 2002/2003 mostrou que as famílias estão gradualmente substituindo a alimentação tradicional na dieta do brasileiro – arroz, feijão, hortaliças – por bebidas e alimentos industrializados, como refrigerantes, biscoitos, carnes processadas e comida pronta. Tudo mais calórico e, em muitos casos, menos nutritivos.

Além dessa substituição gradual na alimentação decorrente do aumento da renda familiar, outro fator muito importante está ligado ao estresse dos dias atuais, à falta de tempo de se preparar os alimentos em casa, pois as mulheres se dedicam mais à profissão e ao mercado de trabalho, à grande oferta de alimentos industrializados induzidos por propagandas em massa, aos brinquedos eletrônicos, falta de tempo ou interesse por exercícios físicos e  aos desequilíbrios emocionais, que muitas vezes levam a um distúrbio alimentar muito comum que é a compulsão alimentar.

 A compulsão alimentar é um transtorno alimentar comum, em que um indivíduo consome regularmente uma grande quantidade de comida de uma vez só, ou "belisca" constantemente, mesmo quando não tem fome, ou se sente fisicamente desconfortável por comer tanto. Essa compulsão pode ocorrer em pessoas de qualquer sexo, raça, idade ou estrato socioeconômico, aumentando com frequência o peso ou se tornando clinicamente obeso, passível de contrair uma grande variedade de doenças. Infelizmente, não há uma cura reconhecida para o transtorno de ingestão compulsiva, mas existe uma variedade de opções de tratamento que podem ser exploradas quando o transtorno é diagnosticado. 

Sinais de Compulsão Alimentar

-Ingerir uma quantidade excessiva de comida, mesmo quando não tem fome;
-Comer até se sentir desconfortavelmente cheio ou mesmo agoniado;
-Esconder hábitos alimentares devido a vergonha ou embaraço;
-Esconder comida para episódios de voracidade;
-Comer constantemente enquanto houver comida disponível;
-Comer quando está sob pressão ou se sente psicologicamente diminuído;
-Sentir-se envergonhado e/ou culpado durante e/ou depois de um episódio de voracidade;
-Expressar descontentamento com a aparência, peso ou auto-estima.
 
Diagnóstico de Compulsão Alimentar

O transtorno de compulsão alimentar deve ser diagnosticado por um profissional qualificado, que leva em consideração não somente os intens acima citados. Outros critérios incluem expressão de ansiedade ou angústia em relação à ingestão compulsiva, episódios de voracidade que ocorrem pelo menos duas vezes por semana durante um período mínimo de seis meses e compulsão alimentar sem recurso posterior a um método de purga (vômito auto-induzido, exercício excessivo, etc).

 
Ajuda e Tratamento

Não há uma cura reconhecida para o transtorno de ingestão compulsiva. Posto isto, há uma variedade de opções de tratamento que podem ser combinadas de acordo com as necessidades específicas do paciente. As opções de tratamento para o transtorno de compulsão alimentar incluem terapia, aconselhamento ou terapia familiar, terapia cognitivo-comportamental (para alterar os comportamentos alimentares), frequência de grupos de apoio e aconselhamento e planejamento nutricional.

Habitualmente, não são usados medicamentos para tratar o transtorno de ingestão compulsiva, apesar de poderem ser usados supressores de apetite com controle médico e alguns medicamentos, como anti-depressivos, para o tratamento de condições associadas.

Existe ainda a opção de se usar florais e/ou fitoterápicos para auxiliar no tratamento, com a orientação de um nutricionista. Nesse caso, além do aconselhamento na mudança do hábito alimentar, o paciente pode controlar a ansiedade, o apetite, o nervosismo ou qualquer outro transtorno associado à compulsão.

O transtorno de compulsão alimentar é um transtorno alimentar comum, embora muitas vezes mal compreendido. Sem um auxílio adequado, leva à obesidade e a todos os problemas decorrentes, que além de causar sofrimento, gera um problema de saúde pública.

A conscientização da população sobre o grave problema da obesidade é urgente. Essa é a única maneira de evitarmos o crescimento dessa epidemia e tentarmos reverter esse triste quadro. 

Vamos começar por uma auto-avaliação? Assim poderemos servir de exemplo e ajudar o próximo.



Felicidade e Saúde a todos!


Por: Eliza Tomoe Harada 

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